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segunda-feira, 14 de junho de 2010

A morte do cozinheiro, de Allan Pitz

Livro: A morte do Cozinheiro, 79 pgs, 1º edição, 2010;
Autor: Allan Pitz
Editora: Above
ISBN: 856308005-9

Ao iniciar a leitura de “A morte do cozinheiro”, do escritor carioca Allan Pitz, o leitor pode ter duas certezas. A primeira de que invariavelmente o cozinheiro morrerá, e que o assassino será Luiz Aurélio [E, por favor, não se queixem de spoilers, pois este segredo o autor revela na primeira página], um personagem com sérios transtornos psicológicos, que nos jogam ao correr das páginas a um mar de incertezas e dúvidas que pairam até o final, num jogo explícito em que o leitor tem de tomar suas conclusões. A obra como várias, fruto da obstinação dos que fazem literatura neste país, se apresenta de uma forma humilde, com uma edição econômica, que pode gerar certo receio dos leitores, por desconhecerem o complexo conteúdo de seu interior. A narrativa de Allan é densa, e os personagens confusos com sua própria existência, mas capazes de nos enredar na leitura, com a curiosidade em acompanhar até onde pode ir a [in] sanidade do ser humano. Pitz escreve de um modo tão realístico, que ás vezes quem está com o livro em mãos saboreando a leitura chega a tecer teorias que o próprio autor fosse capaz de tais crueldades. Por fim tenho de discordar do autor, pois a obra vai mais além do que um “épico em homenagem a dor de cotovelo”, pois a trama é quente, flui com agilidade, e o enredo mesmo tenso nos leva a consumir suas páginas voracidade por que como tudo o que interessa aos homens, no livro há mais perguntas do que respostas para tantas personalidades diferentes, difusas, e enigmáticas. Altamente recomendável para os que gostam de suspense, e uma boa trama policial, e o melhor, que não custa muito, nos pontos de venda onde o livro está presente.

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